Naquela manhã fria e cheia de sol tive uma surpresa. Ele aparecia à minha porta, com um ar envergonhado e mãos nos bolsos. Abracei-o e disse-lhe para entrar.
Naquele dia ele estava particularmente carinhoso, pensei: «Deve ter alguma fisgada...».
Mandei-o esperar na sala. Inocente, ele sentou-se com cuidado no sofá que tinha desenhos florais.
Fui tomar duche. Tinha aulas à tarde e não podia parar a minha vida. Saí da casa de banho já vestida e lá estava ele, à minha frente, os nossos corpos tocavam-se, sentia a respiração fresca dele, era capaz de ouvir o bater do seu coração. Pegou na minha mão, olhou-me nos olhos e perguntou-me: «Queres namorar comigo?». Beijámo-nos. Não era apenas o virar da página, era o início de um novo livro. 25-03-2009
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