sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Triste Aníversário

Foi doloroso estar ali. Outrora, costumava abraçá-lo, dizer-lhe que jamais o deixaria ir abaixo, e sobretudo, dizer-lhe que ele era o melhor irmão do mundo.

Sentia-me em baixo. No ano anterior, ele tinha passado todo o seu aniversário, a chorar, por não poder ver os seus filhos, a sua única razão de viver. Este ano, exactamente um ano depois, quem chorava era eu. Ressentia-me, e ressinto-me, ainda hoje. Estava ali, no cemitério, observava a sua sepultura, a lápide com o seu nome e fotografia causava-me ainda mais dor, e lembrava-me de cada uma das suas palavras em aniversários anteriores.

Também a minha irmã, que parecia fria, insensível, permanecia ali, serenamente, silenciosamente, pensativamente, derramando uma por uma, tal como eu, lágrimas de saudade e de tristeza, brilhantes como cristal. Era o pior, sem dúvida alguma, o pior 13 de Junho de toda a minha vida. Sentia saudades dele. Completavam-se naquele dia sete meses sobre a sua morte, e se fosse vivo, completaria 35 primaveras. Sinto saudades tuas… Mano. Descansa em paz.

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